quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Conhecendo-te a ti mesmo para conhecer o outro.

Então, em meados de junho de 2008 aceitei o desafio de começar a colocar no papel as minhas reflexões a respeito de uma possível mudança. Foi justamente no site de LOGOSOFIA(http://www.logosofia.org.br/) que encontrei essa oportunidade. Participei de um concurso onde era necessário fazer uma resenha baseada nos fundamentos logosóficos voltados para a educação. Um tanto insegura iniciei as primeiras letras. Aliás foi nessa oportunidade, onde era necessário escolher um codinome, que adotei: SOPHIA SEFER (o livro da sabedoria).



SOPHIA SEFER
Somos seres humanos em constante transformação moral, física, espiritual... Hoje afirmamos algo, amanhã estaremos negando esta afirmação. É exatamente esta característica exclusivamente de nossa espécie que nos faz seres humanos. Essa capacidade de reflexão dos nossos atos respalda a conhecida máxima do pensador e humanista PECOTCHE “Conhecendo-se a si mesmo, isto é explorando seu mundo interno e descobrindo as maravilhas que nele existem, o homem conhecerá seu Criador.” Uma auto-reflexão leva o ser humano a transformação em todas as dimensões de sua vida.
Deparamos atualmente em nossa sociedade justamente com a inversão dessa máxima. As pessoas estão cada vez mais interconectadas por meios midiáticos esquecendo-se das relações interpessoais e principalmente a compreensão, o respeito e o amor ao Autor da Criação. Esta realidade é perfeitamente visualizada no meio educacional. Presenciamos educandos cada vez mais dispersos, indisciplinados, desmotivados e muitas vezes extremamente agressivos, tanto com os profissionais do meio educacional, quanto com seus próprios familiares. Com agentes educacionais cada vez mais desmotivados e desvalorizados. E com famílias desestruturadas moralmente. Verdade essa, confirmada diariamente nos meios de comunicação em massa que nos relatam verdadeiras atrocidades.
Diante desse quadro que nos revela a barbárie humana, fazemos a seguinte reflexão: “o que está acontecendo com a humanidade?” Estamos tão “conectados” em valores materiais e midiáticos (não que as tecnologias sejam prejudiciais, o seu mau uso é que a torna) que nos esquecemos do fundamental: o resgate da Sabedoria baseada nos valores ético-morais.
Esta base direcionada à Educação remete-nos a Sócrates, que há vários séculos já afirmava: “Conhece-te a ti mesmo”. O saber refletido que valoriza o bem coletivo, com o cultivo da auto confiança e da segurança está intrisicamente ligado ao caráter universal do saber logosófico que acredita nas potencialidades humanas, através da busca de si mesmo calcado na verdade.
Não se pode galgar novas expectativas educacionais no tocante a melhora da qualidade de ensino, sem considerar o aspecto da responsabilidade de todos os agentes envolvidos: a família enquanto apoio e base sólida em relação aos valores ensinados desde os primeiros momentos da vida de seus filhos, enquanto ensinamento e enquanto conduta respeitando seus filhos e os mestres que passarão pela vida dos mesmos; educadores efetivamente empenhados quanto ao seu papel social, procurando sempre a capacitação dentro da profissão através de uma formação continuada, deixando de ser um profisssional medíocre que apenas trabalha pela remuneração no fim do mês pois geralmente esse tipo de profissional não tem comprometimento com “o que ensinar” e perde a grande oportunidade de demonstrar competência e desenvolver aulas significativas para seus alunos; a sociedade em geral ao valorizar a profissão do educador; as esferas governamentais, com políticas educacionais que valorizem o docente em relação à melhores remunerações e planos de carreira condizentes com a importância social que o mestre ocupa, oferecendo propostas educacionais que não valorizem apenas o conteudismo.
Este contexto educacional está inserido em um aspecto macro que é a nossa sociedade. Esta mudança de valores e atitudes só serão efetivadas se houver um entendimento e compromisso de todos as esferas sociais. Não se trata de algo isolado e independente.
A ciência logosófica estrutura a base para que o ser humano supere a sua inércia mental e volitiva. De tal forma que ao organizar as faculdades de seu mecanismo inteligente, o mesmo funcione para o ofício construtivo ao qual deve desempenhar de forma ativa e alternada. Na caminhada do ser humano envolvido pelas “leis de Deus”, que está disposto a aprender e a reconhecer os próprios sentimentos e a lidar com emoções consequentemente vai se auto conhecendo de forma consciente, aprendendo e vivenciando a serviço de sua própria evolução (havendo mais, sabedoria, prudência) e da comunidade, sendo assim a jornada para alcançar a felicidade no sentido amplo, de forma moral e intelectual. Este é o verdadeiro sentido da vida!


BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
PECOTCHE, Carlos Bernardo González - "A arte de ensinar e a arte de aprender". Introdução ao Conhecimento Logosófico (ISBN: 85-7097-003-X);
PECOTCHE, Carlos Bernardo González - “A capacidade de estudo é o que engrandece os povos”. Coletânea da Revista Logosofia – Tomo 1 (ISBN: 85-7097-052-8)
PECOTCHE, Carlos Bernardo González -“A arte de ensinar e a vontade de aprender”. Coletânea da Revista Logosofia – Tomo 2 (ISBN: 85-7097-060-9);
PECOTCHE, Carlos Bernardo González - “Realidades Essenciais – Ante a situação crítica do momento”. Curso de Iniciação Logosófica (ISBN: 85-7097-059-5).

Então...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O PODER DO EDUCADOR

Após angústias e desafios diante das problemáticas vivenciadas no campo educacional, percebí que era o momento de observar o que efetivamente posso mudar para melhorar tanto a minha prática pedagógica quanto a de meus colegas.
Após constante capacitação: Magistério (IEG), Pedagogia (FE/UFG), Psicopedagogia (UNIFAN), e constantes cursos de extensão percebí que ainda se torna pouco para compreender os desafios na Educação.
Professores mal remunerados? Sim! Condições estruturais e materiais do ambiente educacional precárias? Sim! Falta de estrutura e apoio familiar aos alunos? Sim! Professores que perderam o entusiasmo e simplesmente esperam para receber o salário no fim do mês? Sim! Mas, e aí? O que fazer? Continuar reclamando que o sistema é falho? Cruzar os braços e esperar a aposentadoria? Mudar radicalmente de profissão...? A minha resposta é NÃO!
Tenho que fazer algo diferente! Ir além do discurso e efetivamente realizar algo que possa mudar de uma forma positiva.
Então...